O que é overdose? Esta é uma pergunta que abre a porta para um tópico complexo e muitas vezes mal compreendido, envolvendo o consumo excessivo de substâncias que pode levar a consequências graves ou fatais para a saúde.
No Brasil, assim como em várias partes do mundo, o aumento de casos de overdose tem chamado a atenção para a necessidade de conscientização e prevenção.
Seja por medicamentos, drogas ilícitas, álcool ou outras substâncias, o corpo humano tem um limite para processar sem sofrer danos.
As estatísticas revelam um cenário preocupante: em 2020, o Brasil registrou quase 5.000 mortes por overdose, destacando o grave impacto deste problema de saúde pública.
Entre as substâncias mais letais, encontram-se os benzodiazepínicos, opióides, antidepressivos e drogas como a cocaína, que lideram as causas desses óbitos.
Além do mais, a gravidade do assunto é também evidenciada pela perda de figuras públicas, que serve de alerta para os riscos associados ao uso indevido de substâncias.
Por isso, continue a leitura e descubra tudo sobre overdose em uma matéria simples e rápida sobre um assunto tão importante e, que ao mesmo tempo,ainda é um tabu!
Boa leitura!
O que é overdose?
Overdose é quando uma pessoa usa uma quantidade excessiva de uma substância, a ponto de causar danos graves à saúde ou até mesmo a morte.
Isso pode acontecer com medicamentos, drogas ilegais, álcool ou outras substâncias químicas. Além do mais, quando a substância é tomada em quantidade maior do que o corpo consegue processar, ela pode interferir no funcionamento normal do organismo, levando a sintomas perigosos ou condições de saúde críticas.
Por exemplo, se alguém tomar muitos comprimidos para dormir, além da dose recomendada, seu corpo pode não conseguir lidar com a quantidade extra de medicamento.
Fazendo com que a respiração dessa pessoa se torne muito lenta ou até pare, um efeito colateral sério que pode ser fatal.
O que acontece com o seu corpo quando está tendo uma overdose?
Durante uma overdose, sua respiração pode desacelerar drasticamente ou até parar, o que priva o cérebro de oxigênio. O ritmo cardíaco pode sofrer alterações, tornando-se muito rápido, lento ou irregular, afetando a circulação sanguínea e aumentando o risco de ataque cardíaco.
A pressão arterial pode variar extremamente, causando desmaios ou colocando o coração em risco. A temperatura do corpo pode subir, causando hipertermia, ou cair, resultando em hipotermia.
Você também pode experimentar confusão extrema, sonolência, entrar em coma ou não reagir ao ambiente. Além disso, órgãos vitais como fígado e rins podem ser afetados, comprometendo a eliminação de toxinas do corpo.
Quais são os tipos de overdose?
Existem dois tipos principais de overdose, que são a acidental e a provocada. Veja a diferença entre elas e exemplos.
Acidental
A overdose acidental ocorre quando uma pessoa ingere uma quantidade excessiva de uma substância sem a intenção de causar dano a si mesma, frequentemente por engano ou desconhecimento. Por exemplo, tomar mais medicamentos do que o prescrito pensando que isso aceleraria a cura.
Por Exemplo: uma pessoa idosa, que tem dificuldades em lembrar se tomou ou não seu medicamento para pressão, acaba tomando a dose mais de uma vez.
Isso pode levar a uma overdose acidental do medicamento, causando sintomas como tontura severa, fraqueza ou até desmaio, devido à queda abrupta da pressão arterial.
Provocada
A overdose provocada é quando alguém intencionalmente consome uma quantidade perigosa de uma substância, muitas vezes com o objetivo de se auto lesionar ou como um pedido de ajuda. Um exemplo seria alguém que deliberadamente toma uma dose excessiva de medicamentos ou drogas ilegais.
Por exemplo: uma pessoa, em um momento de desespero ou tentativa de chamar atenção, decide consumir uma quantidade muito grande de um medicamento de uma só vez, como antidepressivos ou ansiolíticos, com a intenção de se machucar.
Esse ato deliberado de tomar mais do medicamento do que a dose segura pode levar a sérias complicações de saúde, como coma ou insuficiência respiratória, necessitando de atendimento médico imediato.
Quantas pessoas morrem no Brasil de overdose?
O número de mortes por overdose no Brasil é difícil de precisar, pois muitos casos não são notificados. No entanto, dados do Ministério da Saúde indicam que, em 2020, foram registradas 4.979 mortes por overdose no país. Isso representa uma taxa de mortalidade de 2,4 por 100 mil habitantes.
Qual é o medicamento que mais mata por overdose
De acordo com o DATASUS, em 2020, as principais causas de morte por overdose no Brasil foram:
- benzodiazepínicos: 3.408 óbitos (39,1%);
- opióides: 2.024 óbitos (23,2%);
- antidepressivos: 556 óbitos (6,4%);
- anfetaminas: 254 óbitos (2,9%);
Qual é a droga que mais mata por overdose?
As principais causas de overdose no Brasil são:
- cocaína: 36% das mortes por overdose em 2020;
- crack: 22% das mortes por overdose em 2020;
- opióides: 12% das mortes por overdose em 2020;
Famosos que morreram de overdose no Brasil
Agora que você já sabe tudo sobre o que é overdose e quais são seus malefícios, vale lembrar que existem lendas brasileiras que se perderam no vício e que perderam suas vidas em decorrência de overdose.
Gustavo Castanheira, irmão de MC Gui, overdose:
Gustavo, irmão do artista MC Gui, nos deixou prematuramente aos 17 anos devido a uma overdose de cocaína em 2014. O trágico acontecimento comoveu o universo do funk e seus admiradores, destacando os riscos associados ao consumo de drogas.
Chorão (Alexandre Magno Abrão)
Conhecido como Chorão e líder da Charlie Brown Jr., faleceu aos 42 anos em 2013, também por overdose de cocaína. Sua morte causou uma onda de tristeza entre seus seguidores e o meio musical.
Ele deixou um legado inesquecível no rock brasileiro, com músicas que se tornaram hinos para muitas gerações.
Elis Regina
Uma das vozes mais extraordinárias do Brasil, Elis Regina partiu aos 36 anos, em 1982, após uma overdose de cocaína e álcool. Sua partida não só deixou um vazio na música brasileira, mas também levantou questionamentos e mistérios que perduram. Elis é lembrada por sua intensidade e paixão na interpretação das canções.
Tim Maia
Embora Tim Maia tenha morrido em 1998, aos 55 anos, devido a complicações relacionadas à AIDS, é importante mencionar que ele teve uma luta notória contra o vício em drogas ao longo de sua vida.
Suas experiências pessoais e musicais contribuíram para o legado duradouro que ele deixou na música brasileira, com canções que emocionam até hoje.
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